8 de junho de 2011

Desencontros. (1#)


Desencontros, capítulo 1.

O baile começou, e mais uma vez, a mesma música romântica tocava por todo o pavimento. 
Cobrindo caras e almas apaixonadas, causando risos e amolecendo corações. Mas desta vez, foi uma noite diferente, uma noite radiante. Em pleno palco, uma mulher magnífica apareceu, parecia um anjo, um anjo de cabelos dourados, longos e encaracolados. Os seus olhos lembrava o oceano puro e o seu jeito meigo de olhar, derretia corações. 
De longe, um homem a avistava com um brilho enorme nos olhos, esse homem chamava-se Christopher. E por momentos, encontrava-se perdido em um sentimento incondicional e avassalador que jamais havia sentido antes. Tinha-se apaixonado instantaneamente pela aquela beleza estonteante. Christopher estava noutro local, um local onde só havia ele e o seu grande desejo, a mulher que permaneceu os seus pés em palco e que lhe afectou o coração com o seu jeito, com a sua beleza e com a sua voz. Esta, ausentou-se do palco para um intervalo. Quando começou novamente o baile, a próxima música era de Christopher, novamente as colunas se ligaram, ele começa a cantar e canta com o coração, uma nova inspiração, um novo sentimento nunca visto. O público levantou-se repentinamente e aplaudiram-no fortemente com grandes sorrisos espantados nas suas caras, olhou em seu redor e ela não estava em lugar nenhum, aí, Christopher, desmoralizou por não ter a oportunidade de lhe dirigir um olhar, um toque ou uma palavra, não sabia nada dela por completo. Mas mesmo assim, desceu do palco e procurou por toda a parte, pelas casas de banho públicas, pelo bar, pela entrada, por todo o lado, não conseguiu obter nenhum resultado, ela tinha-se ido embora.
Daí para diante, ele, todas as sextas-feiras aparecia no baile para encontrar a sua "amada". Perguntava por toda a parte se sabia a morada ou o nome da mulher, ninguém sabia, era uma desconhecida por completo com uma grande voz e beleza. Christopher não desistiu, continuou e continuou e sem resultados, desistiu. Tornou-se um pesadelo para ele próprio, tinha-se apegado àquela mulher por completo e nunca mais a tinha visto.