7 de junho de 2011

P.M.A. (1#)

Melhor amigo, 
Juro que não te percebo, porque é que foi tão difícil e continua a ser? A nossa vida foi sempre tão complicada, ou porque nos lembramos coisas do passado, ou porque pensamos já no futuro. Admito que a maior parte dos erros do passado, fui eu que os cometi, tentava mostrar-te uma pessoa que não era eu, tentava mostrar-te uma pessoa fria, rude e insensível. Mas, foi apenas para me proteger e não dar demasiada confiança pelos simples facto de não me querer magoar. Limitei-me a escrever o que sentia num papel e a queima-lo. Mas admito, que fiz muito mal, desprezei-te, ignorei-te, arrependi-me.
Não sei o que fazer nem o que pensar. De como lutar por nós. Aliás, foste sempre tu que o fizeste, mostraste-me o teu mundo e como agir com ele. Mas sinto-te longe, muito longe, sinto-te a fugires e a permaneceres num local vazio, sem ninguém. Eu não aguento muito mais, quero estar contigo, nem que seja por 5 minutos, necessito mesmo. Quero sentir-te e beijar-te. Quero apoiar-te e ajudar-te, e tu simplesmente não o permites.
Sinto uma mágoa enorme, dói por completo, não se consegue cicatrizar. Fiz imenso por ti, para estares bem e deixares de pensar em factos e acontecimentos que não deves. Quebrei imensa coisa por ti, mostrei-te o que realmente sou, dei-te uma oportunidade de me teres, de me teres como refúgio. Não aguentava mais juntar cada vez mais cobertores que me faziam suar a pele e sentir alergias, soltei-me por completo para saberes quem eu sou, como sou e como vou ser contigo. Será que vale mesmo a pena continuar a lutar por ti? A tentar acreditar que há sempre uma opção, que basta ter esperança? Preciso de uma resposta. O tempo está a esgotar-se e a paciência a desmerecer. Os dias vão passando e a cada um vai marcando na parede o grau do fim da esperança, embora a culpa seja minha.